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quinta-feira, 26 de junho de 2008

Gama x CRB - futebol e política


O CRB é, hoje, um dos últimos clubes na tabela de classificação do campeonato brasileiro. Após a última derrota, frente ao Gama, em Brasília, ironicamente, um deputado prometeu que chegariam não menos que 13 reforços na Pajuçara.

Só prometeu

Pois não chegou nada
Além do carteiro trazendo cobranças
E mais notícias especulativas
Notícias estas, tão oportunistas quanto seus disseminadores
É impressionante como só nos momentos de crise aparecem os heróis. Na verdade pseudo-heróis...
Figurinhas repetidas de um álbum batido há muito tempo, e sem nenhuma graça de colecionar, nem pro bafo, se aproveitam da fragilidade emocional-futebolística da grande quantidade de torcedores alagoanos para se promoverem através de boatos que deveriam ganhar artigo no código penal e um versículo no livro sagrado dos deuses da bola, sujeitando o criminoso/pecador a duras penas (daqui e de lá de cima... ou lá de baixo, vai saber...).

Se aproveitam da nobreza da torcida colorada

Colorada e carente de um time de competitivo. Torcida que paga, e paga caro, para ver a mediocridade de um time de 2 ou 3 jogadores, dentre os quais, o mais popular e importante, não por acaso, candidato a vereador.

Vereadores, deputados, prefeitos, governadores...
São estes os donos do CRB?

NÃO!!

Com exceção dos particulares, os clubes de futebol são de domínio público, são da torcida e do seu signo na sociedade. Da torcida que financia, apóia, e acompanha o time, que escreve com ele a sua história, a ponto de uma se confundir com a outra.
Que vê gerações se sucederem e nada mudar

ou tudo mudar

técnicos e jogadores vêm e vão
dirigentes também
a torcida não,

e mais, infelizmente, aqui, os que mandam no futebol, são os mesmos que mandam em todo o estado
Daí política e futebol se misturam num aglomerado que ninguém entende.
Mas tem uma coisa que todo mundo entende: é a ganância que subjuga a tudo e a todos.
É, meus caros, sábio ditado popular que diz que estes dois entes não se misturam
E não se misturam mesmo, como água e óleo
Pois assim, o futebol fica, definitivamente, como a política
Onde todos prometem tudo

Mas ninguém cumpre, absolutamente

NADA

O viaduto de Mangabeiras - Graciliano Ramos


A festa de inauguração do novo viaduto, em mangabeiras, teve a presença de políticos, industriais, polícia, construtores, puxas-saco, ajeitadores de gravata alheia e muita redundância. Claro, não podia faltar, numa festa, salgadinhos, refrigerantes e bolas, mas o bolo, este quem levou foi o povo, pois na cerimônia de inauguração teve de tudo, menos inauguração.

A obra, tratada como uma epopéia Homérica (e, digamos a verdade: mais parece uma obra lírica com o Almeida e sua Lira, ops, sanfona), se arrasta por mais algum tempo, fazendo a população amargar os transtornos infindáveis de bloqueios, desvios, placas, cimento, pedra e todo o resto em nome do desenvolvimento.

Após inúmeros adiamentos no prazo de entrega da obrada e muitos quilômetros de engarrafamento acumulados, a inauguração só inaugurou mesmo o nome do viaduto.

Graciliano Ramos, grande poeta e escritor alagoano, foi o homenageado. Ao menos tiveram o bom senso de escolher um nome decente e representativo para nomear a menina dos olhos da prefeitura municipal.

Digo isto, na tentativa de me convencer de que o nome que vi encabeçando o viaduto tenha sido mera ilusão de ótica...

Não pode ser...

Temos Jorge de Lima, Hermeto Pascoal, Arthur Ramos, Aurélio Buarque de Holanda, Zumbi dos Palmares...

Mas infelizmente, sou obrigado a me corrigir...

O viaduto não recebeu o nome de alguma destas figuras, agora percebo, em nome da coerência. O mais perfeito coroamento, a cereja no bolo que o povo levou não podia ser outra. O nome do viaduto, meus caros, não podia ser outro além do que lhe foi dado. Afinal, honestamente, nunca se fez tanto.

A obra, desde a primeira martelada, se fez infinita. Primeiro pelos transtornos no trânsito que provocou. Depois, pelo benefício que trará para o fluxo de veículos até que o aumento da frota peça mais três ou quatro viadutos e que o transporte público se torne mais um em alguma lista de espécies em extinção. E por fim, na imagem do nome, atuando como um filme repetido de sessão da tarde, que teremos que engolir todas as vezes que passarmos por ali.

Só nos resta agora engolir o detentor do privilégio de ter o nome imortalizado em um equipamento urbano público fazer campanha política levando a televisão a entrevistar Joãos sem casa, propagandeando que, além de tudo, criou embaixo do SEU viaduto moradias populares.

Já consigo visualizar nas paredes destas moradias uma Lira poética do forrozeiro, mais ou menos assim:

Do interior à capital, um povo partira

Pois lá não tinha comida nem casas

Agora vive, dignamente, embaixo das asas

Do viaduto municipal João da Lyra.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Bragantino x CRB



“Termina o jogo em Santa Bárbara do Oeste. O Galo, que vencia por 2 a 0, permitiu a virada e, com isso, acumulou mais um resultado negativo na Série B.”

Veredicto irredutível

Criminalisticamente, o veredicto é uma decisão do juiz que geralmente acompanha o anúncio de uma sentença.

Neste caso o veredicto não foi proferido pelo juiz

Não se pode culpá-lo disto

Embora a Sra. sua mãe, com todo o respeito, não seja lá o que pode-se chamar de modelo de mulher de família...

Mas a sentença está bem clara na cabeça dos regatianos

É o terceiro jogo fora de casa que o time alagoano começa vencendo...

Só começa

E a condenação...

Só Deus sabe

É...

É o jeito é apelar para os céus mesmo

Porque aqui

no nível do mar

As coisas não andam muito bem das pernas...

Sport x Corinthians


Imaginem uma luta entre um leão e um gavião
Só de pensar sinto calafrios
Luta sanguinária seria esta, não?
Quem sairia vencedor?
Difícil saber

Mas o futebol tem dessas coisas mesmo, de provar o improvável
De explicar o inexplicável
Sem explicar absolutamente nada
De confundir o óbvio
De bagunçar tudo
E por de volta no lugar em um segundo

Ontem, na Ilha
Sport e Corinthians fizeram a final da Copa do Brasil
Que de final, covenhamos, não teve, sequer, um espasmo
Mais parecia final
de temporada
em algum campo de pelada
entre o times de colete preto e vermelho

O personagem do jogo, para se ter idéia, ironicamente é, de verdade, um personagem
Ele não fez gol
Não defendeu pênalti
Não fez passes bonitos
Ele não fez nada
Além de 2 chutes
Um na bola
Outro no Carlinhos bala
Que parece, assustadoramente, com aquele humorista que sacaneia o Professor Aloprado, com Eddie Murphy
Pra quem não conhece o filme, o cara é mais ou menos uma mistura entre a Woopi Goldgerg com um poodle tosado na cabeça
Enfim,
O jogo foi tão medíocre para uma final
Que o que mais chamou atenção, além do título do Sport, claro, foi um Saci* de duas pernas





(o jogador Wellington "Saci" entrou para impulsionar o Corinthians ao ataque, mas só fez dar um chute para cime de pois ser expulso por chutar fora de campo o atacante do Sport)

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