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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Brasil no topo do ranking de medalhas



A equação do sucesso olímpico é muito simples:

i + p = m

INVESTIMENTO + PESSOAL = MEDALHAS

É questão de matemática mesmo, o que fica provado com o sucesso do voleibol brasileiro. Perguntado sobre quais os motivos que faziam do Brasil uma potência mundial neste esporte, o ex-jogador, Tande, respondeu: “INVESTIMENTO”.

Segundo informação de institutos especializados*, são necessários cerca de 3.000 atletas treinando para se formar um atleta olímpico, proporcionalmente. Ou seja, investir seriamente numa política esportiva que vise transformar o Brasil em uma potência olímpica, acima de qualquer coisa, trata-se de um resgate social, de uma política de investimento em educação e saúde, que traria uma infinidade de melhorias para o país, desde a formação de cidadãos mais capacitados para enfrentarem os obstáculos da vida à diminuição do nível de ociosidade dos jovens brasileiros, esta última que acaba decorrendo numa série de outras problemáticas, como é sabido.

Para se formar, por exemplo, uma delegação do tamanho da campeã de medalhas, a China, com cerca de 1100 pessoas, dentre atletas, técnicos e apoio, seria necessário que cerca de 3 milhões de jovens estivessem praticando esportes assiduamente, quase 2% da população brasileira. Se considerarmos somente a população até 29 anos, este número cresce para aproximadamente 6%.

Estes números são tão significativos, que podemos pensar o fracasso brasileiro nas olimpíadas de Pequim como um reflexo do fracasso na administração pública e da gestão de um país de proporção continental.

As lágrimas do judoca Eduardo dos Santos, são as lágrimas do brasileiro, sofrido e batalhador e as desculpas pedidas por ele por ter sucumbido diante de seus adversários é, como foi sabiamente defendido por Eduardo Elias (jornalista da ESPN Brasil), as desculpas do Brasil para ele, e para todos que ele representa.

A potência do Brasil nas olimpíadas não passa de, perdoem-me a aparente redundância, nada mais que um mero potencial, uma grande promessa, assim como a de que o Brasil será um país menos injusto num futuro próximo...

Que nunca chega.

Quem sabe um dia...

Afinal, somos brasileiros, e não desistimos nunca

* Notícia veiculada pela Rede Globo de Televisão.

2 comentários:

  1. Pô cara, concordo plenamente com voce. Odeio quando vem gente falar mal do desempenho do brasil nas olimpíadas!! Como exigir algo desses atletas fudidos do Brasil?? Nao tem como!! Acho que a quantidade de medalhas ta otima demais! Nossa!! Teve medalhas onde nao se esperava nunca! Prova da garra do brasileiro.
    Só acho mesmo que o futebol foi uma decepcao porque a turma ali tem a orbigacao de ganhar um ouro. E ha tempos. E o Ronaldinho outra vez, isso acontece desde 2002, amarelou...

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  2. jOlá Renan.

    Tava devendo uma visita ao blog, pois peguei o endereço a alguns meses num curso de arte contemporânea que fizemos, mas não tinha ainda tido o prazer. Na época era algo do tipo "euqueroserummacaco", Percebo que o nome mudou.

    Quero dizer que gostei muito do que li.

    Concordo, pois chegar a ser um absurdo cobrar algo ou pedir de quem não tem pra dar. Com tantas deficiências, esporte sempre fica em 25º plano dentro das famílias e das escolas, e uma "super-delegação" não se forma com a força do pensamento, isso pra dizer o mínimo. Oque reforça isso é o medalaha de ouro Cesar Cielo diser que por enquanto conta com "PAItrocínio" ainda, o que nos faz deduzir que deve ser um PAItrocínio e tanto.

    É Isso.
    Agora vou ficar bisbilhotando.

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