A equação do sucesso olímpico é muito simples:
i + p = m
INVESTIMENTO + PESSOAL = MEDALHAS
É questão de matemática mesmo, o que fica provado com o sucesso do voleibol brasileiro. Perguntado sobre quais os motivos que faziam do Brasil uma potência mundial neste esporte, o ex-jogador, Tande, respondeu: “INVESTIMENTO”.
Segundo informação de institutos especializados*, são necessários cerca de 3.000 atletas treinando para se formar um atleta olímpico, proporcionalmente. Ou seja, investir seriamente numa política esportiva que vise transformar o Brasil em uma potência olímpica, acima de qualquer coisa, trata-se de um resgate social, de uma política de investimento em educação e saúde, que traria uma infinidade de melhorias para o país, desde a formação de cidadãos mais capacitados para enfrentarem os obstáculos da vida à diminuição do nível de ociosidade dos jovens brasileiros, esta última que acaba decorrendo numa série de outras problemáticas, como é sabido.
Para se formar, por exemplo, uma delegação do tamanho da campeã de medalhas, a China, com cerca de 1100 pessoas, dentre atletas, técnicos e apoio, seria necessário que cerca de 3 milhões de jovens estivessem praticando esportes assiduamente, quase 2% da população brasileira. Se considerarmos somente a população até 29 anos, este número cresce para aproximadamente 6%.
Estes números são tão significativos, que podemos pensar o fracasso brasileiro nas olimpíadas de Pequim como um reflexo do fracasso na administração pública e da gestão de um país de proporção continental.
As lágrimas do judoca Eduardo dos Santos, são as lágrimas do brasileiro, sofrido e batalhador e as desculpas pedidas por ele por ter sucumbido diante de seus adversários é, como foi sabiamente defendido por Eduardo Elias (jornalista da ESPN Brasil), as desculpas do Brasil para ele, e para todos que ele representa.
A potência do Brasil nas olimpíadas não passa de, perdoem-me a aparente redundância, nada mais que um mero potencial, uma grande promessa, assim como a de que o Brasil será um país menos injusto num futuro próximo...
Que nunca chega.
Quem sabe um dia...
Afinal, somos brasileiros, e não desistimos nunca
* Notícia veiculada pela Rede Globo de Televisão.
Pô cara, concordo plenamente com voce. Odeio quando vem gente falar mal do desempenho do brasil nas olimpíadas!! Como exigir algo desses atletas fudidos do Brasil?? Nao tem como!! Acho que a quantidade de medalhas ta otima demais! Nossa!! Teve medalhas onde nao se esperava nunca! Prova da garra do brasileiro.
ResponderExcluirSó acho mesmo que o futebol foi uma decepcao porque a turma ali tem a orbigacao de ganhar um ouro. E ha tempos. E o Ronaldinho outra vez, isso acontece desde 2002, amarelou...
jOlá Renan.
ResponderExcluirTava devendo uma visita ao blog, pois peguei o endereço a alguns meses num curso de arte contemporânea que fizemos, mas não tinha ainda tido o prazer. Na época era algo do tipo "euqueroserummacaco", Percebo que o nome mudou.
Quero dizer que gostei muito do que li.
Concordo, pois chegar a ser um absurdo cobrar algo ou pedir de quem não tem pra dar. Com tantas deficiências, esporte sempre fica em 25º plano dentro das famílias e das escolas, e uma "super-delegação" não se forma com a força do pensamento, isso pra dizer o mínimo. Oque reforça isso é o medalaha de ouro Cesar Cielo diser que por enquanto conta com "PAItrocínio" ainda, o que nos faz deduzir que deve ser um PAItrocínio e tanto.
É Isso.
Agora vou ficar bisbilhotando.