
Certamente a estréia do CRB no campeonato brasileiro deste ano foi uma idealização divina.
Senão dos deuses do futebol, pelo menos de algum santo, anjo ou quem sabe do pólo oposto...
Digo e de pronto apresento as justificativas para tal afirmação.
Ora, dentre as 19 possibilidades diferentes de estréia e, se for levado em consideração os jogos ida e volta este número aumenta para 38, o time que todos os anos começa sendo considerado pela mídia e pelas outras torcidas como grande candidato ao rebaixamento acerta, como numa Sena, a pior de todas elas: estrear contra um dos maiores clubes do Brasil com uma das maiores torcidas, com um plantel montado e empolgado pela volta à série “A” na sua própria casa, no místico Pacaembu.
Tamanha falta de sorte só pode ser atribuída à providência divina, afinal acreditar em quem? na matemática?
Além disto apresento dois agravantes: Primeiro, desta vez a torcida alvi-rubra parece compartilhar com a opinião alheia de que somos sim candidatos ao rebaixamento, visto que começamos o campeonato com o mesmo time que não conseguiu sucesso algum num campeonato de muito menor nível: o alagoano, Segundo, a mídia, os corintianos, o clube dos 13, o clube da esquina e todos os outros clubes, e todas as outras coisas, menos as torcidas rivais e olhe lá, pressionam para que o Corinthians volte à primeira divisão.
O cenário, de um time em formação e pequeno contra um time gigante e pronto projeta goleadas homéricas no imaginário só esperando o "play" dos torcedores
Porém, antes do "play", o "stop"
O clube de alagoas foi à capital econômica do Brasil e se comportou como os outros alagoanos ao longo da história fizeram: trabalhando com honra e exigindo respeito. Fizéramos nós da casa deles a nossa casa, jogamos de igual para igual surpreendendo até a nós mesmos.
Se fosse um filme, Jr. Amorim seria um daqueles alagoanos estereotipados com faca peixeira na cintura e tudo. O baixinho chegou na casa corintiana sentando na melhor poltrona, abrindo a geladeira e ainda riscou a faca no chão pra botar moral.
A profecia anunciada se mostrou como previsões de chuvas que nunca chegam. O galo abriu o placar e jogou como um clube digno de estar entre os 40 melhores do Brasil.
Ao final, perdemos, mas quem não perderia diante de uma determinação divina?
Que é indiscutível
mas, reflitamos, por que alguma santidade perderia seu tempo para pregar uma peça em um clube de participações discretas no brasileirão?
Difícil responder
Mas é fácil imaginar por que esta mesma figura providenciaria uma suposta presa fácil às pretensões mosqueteiras
No entanto, a espada, meus amigos, quase sai pela bainha
A caça, por pouco não se fez caçador
Mas enfim, agora sabe-se
O tal do santo
Era São Jorge
Que com Dragão e tudo, venha armado para o jogo de volta
E segure a “pêxêra”.
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