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quarta-feira, 14 de maio de 2008

CRB x Fortaleza



A festa estava montada: um time promissor, uma torcida empolgada e um estádio digno de receber um grande espetáculo. Parte da torcida alugou um trio elétrico e um bloco de cores vermelha e branca foi criado.

A Av. Siqueira Campos vivia seu momento de sambódromo, dentre os passistas estavam mulheres, idosos e crianças. Só não tinham Porta-bandeiras, porque elas (as bandeiras) foram banidas dos estádios, supostamente, para combater um mal social: a violência. Mas esta parece resistir numa perspicaz insistência não receber cartão vermelho, e mais uma vez, infelizmente, cenas lamentáveis foram registradas neste ambiente ironicamente festivo.

Indivíduos uniformizados abriram espaço no meio da multidão cantante, derrubando quem quer que fosse: jovem, idoso, branco, mulato, rico, pobre, trabalhador ou bandido. Abriram espaço sem pedir licença com suas armas empunhadas e sobre seus belos cavalos, alguns brancos, mas nenhum príncipe… Até exalavam um ar monárquico, mas o único Rei ali presente estava desarmado, inerte e pronto para receber estas pessoas que, subitamente, se transformaram de torcedores para vitimas de uma violência crua e indigesta.

Eram membros de torcidas organizadas estes agressores?

Não. Eram organizados, mas estavam longe de serem torcedores.

Não é de hoje que a violência nos estádios, absurdamente, veste farda.

Não é de hoje que algumas das maiores atrocidades vistas no templo do futebol são protagonizadas, justamente, por aqueles que têm a função de evitá-las.

É como um intencional Gol contra.

Mas a sociedade não deve se silenciar. Deve exigir seus direitos enquanto cidadãos livres para que estas cenas de Sábado à tarde não entrem pro rol de clichês de um filme perversamente repetido.

Senão, daqui a pouco veremos nossos direitos mortos, estatelados no chão ouvindo um sonoro:

“As ta La vista, baby”

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