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quinta-feira, 15 de maio de 2008

A velocidade



Era um dia igual a todos os outros, acordei às seis e meia da manhã, peguei minha mochila e saí de casa sem comer qualquer coisa. É incrível, faço isso há anos e sempre me surpreendo com alguma coisa. É fantástico, é fascinante, emocionante, a adrenalina fica a mil por hora. A velocidade não é muito alta, mas concentração e equilíbrio são muito importantes, na verdade essenciais.


Lembro sempre das palavras do meu pai: “Meu filho, mantenha sempre o equilíbrio nos dois braços a nas duas pernas”. Articule seu braço esquerdo numa angulação de aproximadamente 90º com o antebraço e segure o apoio vertical, use esse apoio para sua movimentação, sempre sobre a mesma base, estique seu braço direito e se segure no apoio horizontal – cuidado – aí está o segredo da estabilidade. Dobre sensivelmente as pernas para reagir melhor aos balanços e manter o equilíbrio, mantenha a planta dos pés apoiada no chão firmemente. Nunca se esqueça de projetar seu corpo no sentido contrário ao das curvas. Depois disso, é só relaxar e curtir a viagem”.
O tempo não estava bom, chovia muito, o vento soprava muito forte, por vezes cheguei a pensar que não ia conseguir me segurar por muito tempo. As coisas ao meu redor passavam muito rápido, o céu... eu mal podia ver. É realmente muito excitante.

bALanÇa, balAnçA, BAlaNÇa

Continuo segurando firme!

Muito firme!

Podia sentir o vento tocar o meu rosto, por vezes chegava a lacrimejar. A movimentação ao meu redor era intensa, me sentia como se fosse o centro das atenções e ao mesmo tempo como se fosse só mais um.

Pensei: São nesses momentos que percebemos o quão é valiosa nossa vida, quando sentimos que tudo faz sentido e que a vida é como um quebra-cabeças completado onde tudo se encaixa em que cada parte reflete o todo que por sua vez é refletido fractalmente em cada uma de suas peças reciprocamente.

Era assim mesmo que me sentia, tudo fazia sentido, o vento, a velocidade, o som ao meu redor, tudo se juntava em um grande e fabuloso espetáculo que a vida me proporcionava, assim, como num estalo, infinito enquanto durou.

Profundamente imerso nesse oceano de sensações meu destino me fez emergir bruscamente puxar a cordinha e descer no ponto de ônibus, atrasado para a primeira aula, como sempre!






Esse é um relato de uma experiência que eu tive indo pra faculdade de busão num dia comum, desses em que eu sempre chego atrasado pra aula de Projeto de urbanismo!

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